Prometi a mim mesmo não me preocupar. Já passaram meses deste a última vez que te vi, sem dar por isso saíste da minha vida tão depressa como entraste.
Lembro-me que nevava nesse dia, o teu vulto negro e as tuas palavras amargas foram tudo o que sobrou.
E com elas levaste a minha preocupação por ti, o quer saber, o me importar, o amar.
Restou um vazio, tão negro como a noite que se aproximava, tão puro como a neve que caía.
Essa cratera ficou sempre aberta no meu peito, um vulcão adormecido, mas nao extinto, tão frio como os pequenos flocos que o cobrem agora, vi-te a afastar em passos largos, fechei os olhos, respirei fundo; quando os abri já tinhas desaparecido, nesta escuridão, que agora ,me rodea e que nela te mantens.
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