Ás vezes dás por mim a olhar-te e a sorrir sem motivos, ficas
desconfortável, fazes um meio sorriso e perguntas - do que é que tu te estas a
rir? - Eu disfarço e continuamos como se nada fosse.
Outras vezes, perguntas-me pelos meus
silêncios - o que se passa? Estas tão calado.
De ambas as vezes gostava de te ter
respondido; sorrio, da tua forma de ser, da tua forma apaixonada de quando falas
de um assunto de que gostas, sorrio, por seres quem és e aperceber-me da importância que tens para mim, sorrio por teres essa energia
contagiante, pela qual sou absorvido sempre que estou contigo.
Os meus silêncios; situações futuras que
não são realizáveis, um sonhar acordado, "era tão bom irmos fazer isto e
aquilo, ir aqui e acolá", um mundo nosso, que só existe em mim, um mundo
de fantasias e ilusões, que conservo conscientemente, sem perder a noção da
realidade, realidade essa que me absorve sempre que saio do meu mundo
perfeito contigo.