quinta-feira, 20 de março de 2014

a minha droga

consumo-te como uma droga,

uma droga sem a qual não consigo viver,

corróis-me por dentro, sei o mal que me fazes, mesmo assim não te consigo largar.

não tenho controlo sobre as vezes a que me vens ao pensamento, nem controlo da falta que me fazes em tão pequenas coisas, nem como o teu tom de voz me faz sorrir, nem como me deixo fascinar pela tua forma melosa e ronronada de falar.

o teu sorriso, esse sorriso, tão teu, tão inocente e tão sabido que me conquistou,
que me fez teu assim que esses olhos se fixaram nos meus,
logo soubeste que me tinhas conquistado.

és a minha droga, que consumo, num ápice sempre que me falas, que me das um leve sinal da tua existência, saboreio cada palavra, esventro cada significado, consumo-te de uma forma paranóica e doentia.

e passado este tempo todo, ainda me tens preso a ti, a querer consumir-te, um feito memorável, que só tu tens credito por isso.