terça-feira, 14 de janeiro de 2014

tout est bien, qui finit bien

Não quis fazer um balanço do ano, seria depressivo e aborrecido, resumo-o apenas a isto,  perdi pessoas, ganhei pessoas, perdi-me e achei-me.

Tudo o que ficam são as pessoas, o papel que tivemos nas suas vidas, bom ou não, a marca que deixamos nelas, é o que deixamos de mais precioso nesta nossa existência, para, como dizia o poeta, "da lei da morte nos libertarmos".

Se há coisa que aprendi, é que apesar dos países mudarem, as mentalidades mudarem, a cultura mudar, estamos todos presos na ditadura global do amor, projectada e amplificada, com historias de amor eterno, pessoas que ainda vivem na ilusão e na procura dos seus príncipes encantados, (como as invejo), em que tudo no fim vale a pena e serão felizes para sempre.

As relações são feitas de momentos, de situações, é um erro tentar reproduzi-las, procurar de alguma forma um conforto numa formula que resultou no passado, serve apenas para nos iludirmos, o que somos hoje, não seremos amanha, é sempre um erro viver no passado, nas gloriosas vitorias, nas conquistas eternas.

Tudo tem um principio e um fim, importa sim como vivemos a viagem, quem deixamos entrar, e sair das nossas vidas e a marca que deixamos nelas.

Sempre fui o tipo de pessoa que quis ficar bem com o mundo, não ter "esqueletos no armário", ficar bem com tudo e todos, um perdoar constante que muitos confundiram como uma fraqueza minha, nunca o foi, perdoar não é esquecer.

Poucas são as pessoas que realmente contam para mim, a quem realmente desejo tudo de bom e que as possa acompanhar durante muito tempo na vida, nem que seja de uma forma ausente, longe e quase indiferente, não se escolhe de quem se gosta.

Mas escolhesse quem nos queremos ou não ao nosso lado.

les coûts de plus en plus de retour

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