domingo, 5 de maio de 2013

dia de chuva

do alto da sua torre, miguel acende mais um cigarro enquanto observa as pessoas na rua, pequenas como formigas, a correr de um lado para o outro, em casa tudo esta silencioso, silencio esse apenas interrompido com a chuva que bate nos vidros, mais um dia cinzento em londres, o tempo vai passando, tudo vai sendo consumido, nunca se sentiu tão só, se ao menos também tivesse para quem correr, correr para alguém que o espere, com um sorriso, com um abraço, alguém que o faça sentir desejado, tudo isso já se perdeu.

A queda da cinza, transporta-o para a realidade,  - merda - , e assim, voltou para a sua vida, e mais uma vez a falta que sente, ficou dispersa, como a cinza pelo chão e a sua dor morta, como o cigarro que se acabou por apagar.

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